segunda-feira, 12 de maio de 2008

Palhaço!


Imagina alguém desapontado. Prazer! Agora imagina um trôxa. Prazer! E agora um verdadeiro Palhaço. Muitíssimo prazer!


Tinha uma reunião com o reitor da universidade. Isso mesmo! Ele existe e falou comigo! Procurei o Reitor Marcelo Palmério por conta do Curso Introdutório do Circo da Saúde. Já temos tudo planejado para o evento acontecer em 5 e 6 de junho, mas até agora não temos pago e consequentemente garantido o espaço que até o momento é o Teatro do Centro Cultural José Maria Barra, do SESI/FIEMG. Gostaria que através dele, que é membro da instituição e de toda a sua influência dentro da cidade (talvez o mais influente cidadão uberabense) fôssemos isentos de tão exorbitante orçamento até então negociado. Fomos super bem recebidos, é claro na quarta tentativa de conversa. Entre alguns 3 telefonemas e andamento de outros assuntos enquanto nos atendia, ele se demonstrou interessado em resolver o problema, inclusive nos oferecendo outras opções de espaço para realização do evento como o anfiteatro de uma "universidade amiga". Decidimos pelo teatro que já estava marcado e então solicitamos a sua intervençãozinha, que não passou de um telefonema. A ligação foi para o José Maria Barra e que me desculpem a ignorância mas não tenho a mínima idéia de qual seja a relação do nome do Sr. Presidente da FIEMG/Regional Vale do Rio Grande com o nome do Centro Cultural. Talvez uma homenagem póstuma e neste caso também familiar, o mais provável. Pois bem, lá fui. Eu e minha companheira Paula fomos então falar com quem por telefone havia nos dado esperanças e que parecia ser o solucionador do nosso grande problema. Ao meu ver, quis foi fazer média com o Doutorzão. "Rumo ao escritório! E rápido. Antes que feche!". Um lugar estranho... Quem eu menos imaginara trabalhar ali seria o presidente de instituição tão importante e de também tamanha influência no município, sido explicitada por ele mesmo. Ele era gordo, careca, tinha orelhas e nariz enormes e ainda usava um óculos gigante e suspensório. De início um frase já me doeu no peito: "Sejamos práticos." Minha vontade era mandar tomar no cu e e pedir que ele o dissesse ao Magnífico e só observar o tamanho da "confusão diplomática" iniciada. Foi bem seco com a gente. Se demonstrou bem diferente quando estávamos só 2 pobres acadêmicos e ele. Num valho nada mesmo! Nem é difícil imaginar o desfecho. Fomos encaminhados mais uma vez! Agora a gerente do Centro Cultural, aliás, sem apoio da parte dele, nem um ganchinho pra ela. E pelo contrário, já encourajados por ele mesmo a procurar outras opções. Certo! Vamo lá! "Alô! Gostaria de marcar um horário com a senhora fulana...", "Infelizmente ela está viajando e só vai estar presente na segunda". Caralho! Segunda são mais 7 dias! Não dá!



Morais da história:

1) Nunca acredite facilmente que gente grande possa estar tão interessada em algo que pra você é importante. Há uma diferença grande entre ELE se interessar pelo que você busca e ELE ganhar fazendo de conta que se interessa;


2) Em duende muito menos! O mundo é bem político e muitos se aproveitam do jogo de interesses e "puxação-de-saco" pra ficar "bem na fita";


3) E não! Mesmo se ele voltar amanhã, o jogo de enrolo e empurra já está tão bem arquitetado que o máximo que conseguiremos talvez seja um desconto de... uns 5%.


É... Já vai dar com isso pra mandar fazer um out-door bem grande agradecendo a todos e colocar um na porta de cada! Bosta! Mas a gente tem vontade e isso é o que importa. Com ELES ou sem ELES continuamos buscando pelo que tem nos movido, a vontade de ver os nossos pacientes serem tratados como humanos de verdade.

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